A Rede Social [The Social Network] 2010, David Fincher

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Bom filme. A falta de escrúpulos de um nerd superqualificado o leva a ser bilionário. E não é “por acaso”, como diz o título do livro em que o filme se baseia. O filme mostra que o novo Bill Gates da informática jogou pesado para conquistar seus bilhões. Passou por cima da ética com categoria. Afinal, de que vale uma idéia? O implementador do sistema é que transforma o imaginado em algo palpável. Foi o que Zuckerberg fez. É o triunfo dos programadores sobre os sócios capitalistas. Zuckerberg se apossa do projeto dos irmãos gêmeos Winklevoss (que levaram 65 milhões no processo contra o dono do Facebook, mas estão entrando na justiça pedindo mais) e o transforma num ambiente universal de integração social, que já envolve 500 milhões de pessoas no mundo. O filme se desenrola em torno das audiências dos processos que os idealizadores ludibriados e o sócio brasileiro de Zuckerberg, Eduardo Saverin, movem contra ele. Consta que Saverin não sofreu tanto, levou seus 600 milhões de dólares no acordo do processo, além de ter seu nome nos créditos do famoso site. É interessante a participação do criador do Napster, Sean Parker, que aparece para viabilizar o negócio economicamente, tirar Saverin da jogada e ficar com 7% do Facebook.

O diretor David Fincher consegue dar forma atraente a uma história que todos sabem dos jornais e que se conhece o final. Os bilhões envolvidos mantêm nossa atenção. Ficamos perplexos assistindo a briga de cachorros grandes por sucesso e dinheiro, onde acordos e amizades são abatidos pelo caminho. A profusão de termos técnicos deve implodir a cabeça de alguns espectadores, mas todo mundo tem sua página no Facebook e sabe o valor da história que está vendo.

Fica bonitinho o final meio piegas onde o já milionário Zuckerberg utiliza o Facebook para tentar contatar a namorada que ele desprezou enquanto corria atrás do sucesso.

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