Sobre Meninos e Lobos [Dennis Lehane, 2001, Companhia das Letras]

---------------------------------------------
Como ficar rico a qualquer custo
Um guia radical em forma de sátira! Uma sátira com fundo de verdade? Você decide. Veja o novo livro de Ernesto Friedman na Amazon: A Receita - como enganar muitos e sorrir
---------------------------------------------

Ganhei o livro de presente. Eu não sabia de Dennis Lehane e foi um prazer conhecê-lo em seu livro Sobre Meninos e Lobos (Mystic River). Ele já tem fama antiga e criou uma dupla de detetives, Patrick Kenzie e Angie Gennaro, que, em outro livro, Um Drink Antes da Guerra, lhe proporcionou prêmios e reconhecimento. Lehane tem um estilo claro, sem muitas novidades de técnica, como se recomenda a um livro do gênero policial, onde o prazer da leitura não deve ser empatado por vôos de sofisticação do escritor. Mas, dentro do espaço do texto conservador, Lehane executa um belo trabalho de envolvimento do leitor, traçando personagens, descrevendo os cenários com concisão, usando referências familiares ao nosso vasto conhecimento da cultura americana, que, é claro, obtemos através do cinema. Lehane escreve mesmo como um diretor de cinema, prolongando as situações no tempo de modo que possamos saboreá-los sem nos cansarmos. A descoberta do crime central da história é um show de “takes” que criam tensão e aproveitam para nos apresentar os personagens. Dá quase para ver os créditos aparecendo lentamente nos cantos da tela de nossa imaginação.

A trama Mystic River é boa. Um caso de abuso sexual acontecido no passado de um dos três principais personagens masculinos – Dave, Jimmy e Sean – dá o tom de tragicidade para a história. Os três amigos de infância, 25 anos depois, se vêem aproximados pelo brutal assassinado da filha de um deles. E é Sean, agora policial, o encarregado de desvendar o crime. Lehane descreve as pessoas e o lugar criando uma amálgama de ações e situações onde o cenário do subúrbio proletário do sul de Boston e as personalidades se explicam uns aos outros e dão densidade ao livro. Apesar de suas quase 500 páginas, Mystic River nos amarra logo no início e flui como um bom filme. Por sinal, quando falo desse livro, minhas referências são sempre ao cinema. A propósito, Clint Eastwood comprou os direitos de filmagem e dirigiu o filme, apresentado esse ano em Cannes, que terá o trio Sean Penn, Tim Robbins e Keavin Bacon nos papéis principais. É sucesso fácil. Preparem coca-cola e pipoca. A história do livro dá um bom triller, com ricos personagens para serem conduzidos pela direção de Eastwood.


você pode comprar este livro agora pela internet 


Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Esse site utiliza o Akismet para reduzir spam. Aprenda como seus dados de comentários são processados.