Cicero, o moleskine do Brasil

Cicero Papelaria entra no mercado de cadernetas e agendas competindo com a famosa (e cara) Moleskine.

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caderno cicero papelaria

a nova marca brasileira de papelaria de qualidade

O uso de agendas e cadernetas para anotações pessoais é prática comum em todo o mundo. Os produtos em papel sofrem a concorrência dos pequenos computadores que podem ser levados no bolso, os PDAs, que a gente costuma chamar pelo nome da marca Palm. Mais recentemente, surgiu o Blackberry, com a vantagem de dispor da facilidade de ter na palma da mão o recurso de enviar e receber e-mails a qualquer momento. Incrível! Que maravilhas da tecnologia. Mas, apesar disso tudo, a velha e prazerosa maneira de registrar compromissos ou simples anotações escrevendo sobre o papel se mantém como solução funcional e elegante.

Contrariamente ao que se poderia esperar, o uso de cadernetas de anotações vem ganhando mais adeptos. O fenômeno é semelhante àquele do crescimento do uso de relógios digitais. Após um primeiro embate, em que os relógios digitais chegaram com grande aceitação do mercado, prevaleceu o charme do relógio analógico, com seus confiáveis ponteiros. O mostrador digital se retraiu para o nicho dos relógios esportivos. Caso parecido acontece com o uso da escrita em papel. Ainda mais que o registro no papel permite agilidade para fazer diagramas e desenhos que ainda não é disponível nos aparelhos eletrônicos. Vejam o que acontece nas viagens de turismo. Mesmo com a proliferação das máquinas digitais, cresce o número de pessoas que documentam suas viagens, em diários escritos em papel, com texto e desenhos. Aproveito para confessar que sou um dos adeptos dessa prática.

Dos produtos de papelaria disponíveis, a marca Moleskine se tornou uma lenda na área de cadernos de anotações. A propaganda repete as pessoas famosas que utilizaram os belos notebooks. A citação clássica é que Van Gogh, Picasso e Hemingway usavam estes cadernos para anotações.

No Brasil ainda não há uma cultura forte do registro em cadernos. Mas a coisa está mudando. No final de 2006, surgia no mercado brasileiro a Marcus Cicero Papelaria. Como resultado da combinação de dois jovens designers empreendedores – o Marcus e o Cicero – passávamos a dispor de uma linha de produtos que rivaliza com a famosa Moleskine. Mais recentemente, a empresa se reestruturou. Marcus, responsável pela produção original dos produtos, que já atuava anteriormente no mercado gráfico, decidiu concentrar seus esforços nesta área. O designer Cicero continuou com o projeto original de criar e comercializar produtos diferenciados de papelaria. Neste final de ano de 2007, os produtos da rebatizada Cicero Papelaria podem ser encontrados numa rede de fornecedores selecionada, que inclui as livrarias Saraiva, Travessa e Argumento. A linha tem destaque nas novas agendas e cadernetas feitas com papel especial, capa de couro e elástico. São pequenos objetos de fetiche em papel. Irresistíveis, em particular, a de tamanho pequeno, no formato de 9 cm x 13 cm. É a caderneta que a gente vê no balcão e deseja ter no bolso no instante seguinte. Façam isso, mas não se esqueçam de passar antes no caixa e pagar.

Além da linha tradicional de produtos, Cicero lançou novidades no ramo, como o Blackbook, caderno voltado para desenhistas e grafiteiros. Há também maravilhosos cadernos de arte em tamanho A4, o sonho de consumo de quem desenha. Projetos de produtos sob medida podem ser feitos para empresas. A cadeia de lojas de roupas Reserva, um dos líderes na definição de tendências de moda em Ipanema, utilizou o designer Cicero para suas agendas. O mesmo acontece com a Addict, loja de vanguarda para jovens, cuja caderneta com capa de pano é uma pequena jóia, que nos remete a famosa escola de Florença, na Itália.

É bom ver que o Brasil está avançando na área de design gráfico. O produto Cicero não deixa a desejar em relação aos famosos (e caros) Moleskines. Os conhecedores já batizaram as agendas e cadernetas Cicero como o “Moleskine brasileiro”. O empresário e designer Cicero sorri da comparação. Ele quer mais, quer ser o padrão de qualidade e beleza para este segmento no Brasil. Quer ser o caderno que Chico Buarque usa para rascunhar seu novo livro. Ou onde Jabour faz anotações para uma crônica. Torcemos por ele. Desejamos sucesso para Cicero e seus cadernos. 

(gustavo gluto)

10 comentários em “Cicero, o moleskine do Brasil”

  1. Comprei um Cicero a pouco tempo e tem me satisfeito muito bem. Nunca tive um Moleskine, mas acho meio bobagem pagar mais caro só porque Hemingway e derivados compraram a preço de banana no passado e anotaram suas idéias. Isso não vai te fazer escrever melhor. Até agora não tive problema nenhum com meu pequeno Cicero, talvez um dia adquira um Moleskine pra poder comparar e ver se tem essa diferença toda.

  2. Desculpe, aê “Rafael Urban”, mas o moleskine que você comprou deve ser falso pra ter um acabamento inferior ao “Cicero”. Venho comprando Moleskines no site “Better World” (www.betterworld.com) há mais de um ano, porque com frete e tudo ainda sai mais barato do que comprar o Cícero. Comprei um só deles até hoje, acho que o acabamento é mais grosseiro, a contra-capa descola rapidamente e o preço só se justifica em comparação com os preços praticados nas livrarias que importam moleskines. Isso sem contar que “parecido” com um moleskine é elogio. Embora a Moleskine não tenha direitos absolutos de produzir um caderno desse modelo, acredito que copiar até as etiquetas de embalagem como a Cícero copia é um pouco de plágio – sem falar em má-fé ao confundir um consumidor desavisado – já que não vai ser pelo preço que ele vai diferenciar um do outro.

  3. Comprei uma Cícero na ideascrap, em Recife. Já tive oportunidade de entrar em contato com o fabricante e de fato estamos falando de uma empresa empenhada na excelência em seus produtos e plena satisfação do cliente. Fico feliz de poder usar um bom produto nacional.

  4. Orientado por um vendedor de papelaria, comprei uma Caderneta Cícero, em cuja capa estava escrito: “escrita agradável”. Geralmente cadernetas como Rhodia, Moleskine, costumam aceitar bem canetas tinteiro. Esta, por ser bem parecida, achei que também daria conta do recado. Ledo engano. Ao escrever, ela manchou a contra-página. Entrei em contato com a empresa, que me deu uma caderneta nova e um outro caderno que poderia ser melhor para canetas tinteiro. Dá pra notar que é uma empresa séria, que se esmera na qualidade de seus produtos e satisfação dos clientes.

  5. Comprei um Cícero no Instituto Moreira Salles, no Rio. Há poucos dias, um Moleskine em Curitiba. Digo sem hesitar: o acabamento da versão brasileira é superior.

    Um ab,
    Rafael

  6. Não entendi a crítica do nosso amigo, como o próprio tag indica, é um texto visando… marketing! hahaha

    Desconsiderando esse comentário inoportuno, texto ótimo, já estou procurando esses cadernos, quem sabe não me ajudam a ser um escritor melhor? ;)

  7. Se não gosta, por que leu então, David R.? Só para chegar no fim e vir falar mal? Falta do que fazer, hein?
    Todo texto bem escrito é bom pelo menos pela escrita, pelo trabalho que o autor teve em realizá-lo e, gostando ou não do assunto, concordando ou não, é sempre bom respeitar isso.
    Bom, eu achei o texto muito bom e bastante útil para mim, que estou procurando um Moleskine à venda aqui no Brasil porque, pelo preço do dólar, não quero arriscar nenhuma compra “de fora”. Muito bom o texto, Gustavo Gluto. Parabéns!

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